Pitimbu é um município no estado da Paraíba (Brasil), localizado na microrregião do Litoral Sul e região metropolitana de João Pessoa. Com uma população de aproximadamente 20.000 habitantes, sendo 46% na área urbana. Sua área é de 136 km² representando 0,241% do estado.
Pitimbu resultou de um aldeamento indígena. A Enseada de Pitimbu antigamente era conhecida como Porto dos Franceses por ter ancoradouros para mais de 12 naus e que, conta com 6 ou 10 braças de profundidade ficando os navios dos comerciantes do Pau-Brasil, no passado, principalmente os franceses e as demais embarcações, em um verdadeiro porto natural, longe das ondas bravas do mar aberto. Nos arrecifes, que separavam a praia do mar de fora, existiam duas barretas de entrada e saída das embarcações. A barreta do sul era conhecida pelo nome de "barreta grande" e a barreta do norte, pelo nome de "o picão".
A área onde está edificada a cidade de Pitimbu, resultou de alguns terrenos registrados na Segunda Freguesia de Taquara. Segundo o Registro Geral de Terras e de conformidade com o regulamento de 30 de janeiro de 1854. Pitimbu foi distrito de paz pela Lei de 15 de outubro de 1827. Até 1867 pertenceu à Capitania de Itamaracá. Pelo ato nº 1414, de 14 de janeiro de 1867 passou para a Paraíba. Por anos teve o título de vila e cabeça de comarca. Mas por interesses públicos teve que ceder e ser rebaixada a favor da Jojoca (Vila do Conde, cujas vantagens era o transporte e proximidade com a capital onde residiam as autoridades judiciárias. Pelo decreto nº 601, de 16 de outubro de 1871 junto com o território de Alhandra formaram um território e foi elevado a categoria de vila. Em 1881 passou à cabeça de Comarca e classificação de segunda instância.
Pela Assembléia Provinciana da Paraíba, em 01 de agosto de 1866, o Primeiro Distrito compreendia: A Capital, Santa Rita, Pilar, Livramento, Jojoca (Conde), Alhandra e Pitimbu.
Em 1959, Alhandra estava se preparando para sua emancipação política. E como ela e Pitimbu sempre estiveram unidas, em alguns pleitos, pretenderam alguns políticos da época incorporar o Território da freguesia de Taquara de Invocação de Nossa Senhora de Assunção, para atender exigências políticas de ordem territorial. Um coletor estadual Waldemar Galdino Nazareno, residente em Alhandra, escreveu de imediato uma carta circunstancia ao seu amigo Esperidão Ribeiro do Nascimento, político pitimbuense, chamando sua atenção para a pretensão dos políticos de Alhandra, que se deveria tomar, imediatamente as necessárias providências no sentido de impedir que a pretensão se consumasse.
Pitimbu também tinha seu projeto de emancipação na Assembléia da Paraíba, mas por falta de interesse dos políticos locais o projeto não tinha sido levado adiante.
Eesperidão Ribeiro, Petronio Freire, José Borges de Brito, João Quirino dos Santos, Enedino Ribeiro, George Maurício, José Maria Ribeiro e outros políticos influentes programaram uma ida a João Pessoa, para debater o assunto com o atual governador. Uma caravana logo foi organizada, composta pelos políticos e cidadões de Acaú. Os outros distritos conseguiram lotar dois caminhões, um cedido pela Fazenda Tabú e outro dirigido por um dos participantes, Seu Francisquinho.
A comitiva fez ponto terminal no Pavilhão de Chá, ao lado do Palácio do Governo, que ficou ocupado com faixas naquele maio de 1959. Então foi destacada uma comissão com a finalidade de se intervir no Palácio do Governo. Sendo informado no trajeto até o palácio que o governador estava acamado com forte gripe, Petronio na sua obstinação, afirmou que somente regressaria a Pitimbu, depois de se entender como governador ou substituto eventual. Antônio Correia, representante de Pitimbu na capital, já havia anteriormente se entendido com o governador e recebido apoio para a missão. Então a comissão foi recebida no Palácio pelo Secretário de Administração, Dr. Ronaldo Queiroz, que em nome do governo garantiu aos membros da comissão que poderiam regressar tranquilos para Pitimbu, que a terra continuaria território da Capital. Nisto, o Distrito de Pitimbu não sendo anexado a Alhandra, continuaria com a possibilidade de adquirir sua própria emancipação. Com a eleição do Dr. Pedro Gondim para governador da Paraíba, em 1960, as esperanças dos pitimbuenses se renovaram para conseguirem sua emancipação. O Dr. Marinésio Moreno Gondim, primo do governador, gozando de influência política na Assembléia Legislativa da Paraíba decidiu ajudar Pitimbu juntamente com o Deputado Ramiro Fernandes, fizeram o suficiente para que o projeto fosse aprovado e transformaram na Lei nº 2.671, de 22 de dezembro de 1961, que sancionada pelo governador, selou a emancipação transformando Pitimbu em uma unidade política do Estado da Paraíba.
Em 28 de dezembro de 1961 era instalado solenemente o Município de Pitimbu, tendo como seu primeiro prefeito nomeado um filho de um influente político local - Enedino Ribeiro Coutinho.
Como primeiro prefeito eleito, teve o Sr. Fernando Araújo da Cunha, que estava iniciando sua carreira política em Pitimbu.
Em 1990, foram iniciados os trabalhos da carta do Município. Foi feito disto um acontecimento histórico porque, ao mesmo tempo se comemorava o centenário da organização da Primeira Constituição Paraibana do governo republicano.